1.
AI DE TI, Ó MARANHÃO, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a
véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as
entranhas.
2. Ai de ti, Maranhão, porque a ti chamaram Terra dos Poetas, e cingiram tua fronte com uma coroas de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no seio das noites.
3.
Já movi os rios de uma parte e de outra parte, e suas corredeiras tomaram suas Praias e o Centro de tuas Cidades, e tu
não viste este sinal; estás perdido e cego no meio de tuas iniquidades e de tua
malícia políticas.
4.
Sem Direção, quem te governará? Foste iníquo perante o meio ambiente, e o meio
ambiente mandará sobre ti a multidão de suas pragas.
6.
Grandes são teus edifícios de cimento que se levantam, e eles se postam diante
da verde qual alta muralha desafiando a relva; mas eles se abaterão.
7. E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e
a vasa fétida das valas negras cobrirão tua face provinciana; e o tufão lançará
as rajadas sobre ti num vendaval de redemoinhos qual um bando de carneiros em
pânico, até morder a aba de tuas mansões rebocadas de suor e sangue de quem
exploras; e todas as tuas muralhas ruirão.
8.
E os vermes habitarão os teus porões e as negras jamantas as tuas lojas de
decorações; e os tucunarés se entocarão em tuas galerias, desde as margens de
teus rios até às mesas de delicias de teus prazeres.
9. Então, quem especulará sobre o metro quadrado de teus terrenos no centro de tuas cidades? Pois na verdade não haverá terreno algum.
10.
Ai daqueles que dormem em leitos de pau-marfim nas câmaras refrigeradas, e
desprezam o vento e o ar do Senhor, e não obedecem à lei do verão e não
enxergam a dor de teus irmãos.
11.
Ai daqueles que passam em suas caminhonetes brilhantes buzinando alto, pois não
terão tanta pressa quando virem pela frente a hora da provação que descerá dos
céus sobre sua descendência.
12.
Tuas donzelas se estendem nos banhos e passam no corpo óleos odoríferos para
tostar a tez, e teus mancebos fazem das motos instrumentos de concupiscência.
13.
Uivai, mancebos, e clamai, mocinhas, e rebolai-vos na cinza, porque já se
cumpriram vossos dias, e eu vos quebrantarei.
14.
Ai de ti, Maranhão, porque os tucunarés e as pescadas amarelas estarão nos
poços de tuas piscinas, e os meninos das invasões, quando for chegado o tempo
das tilapias, jogarão tarrafas no Tocantins até o Itapecuru; ou lançarão suas
linhas dos altos desta Babilônia. E os pequenos peixes que habitam os aquários
de vidro serão libertos para todo o número de suas gerações.
15. Por que orais em vossos templos, fariseus do Maranhão, e levais flores para falsos profetas no meio da noite de ré-té-tés bizarros
? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados e o ódio maldizente de um para com os outros? Não vês, nem discernis a Ação de Edom-Moabe e Amom; esses principados de demônios que levam o meu povo a resistência ao avanço e desprezo por valores espirituais, morais, éticos e existenciais, tornando o meu povo voltado às coisas comuns e fúteis;
16. Vede, guias cegos e pretensos dominadores tradicionais de minha igreja de dentro e meu povo de fora, o histórico de falências e de planos frustrados. na verdade, este Estado que vive do aborto de projetos e de perdas de visão; tua esquerda sem misericórdia hoje, mas outrora pedia misericórdia aos seus algozes cruéis. Aprendeu a ser mais cruel que seus predadores;
17. Sois miseráveis em uma terra rica e sois extremamente
levados pela sedução das coisas naturais de supérfluas magias;
18.
Antes de te perder eu agravarei tua demência — ai de ti, Maranhão! Os gentios
de tuas periferias marcharão uivando sobre ti, e os canhões de teu próprio
quartel se voltarão contra teu corpo, e troarão; mas a água de teus rios
cristalinos levarão milênios para lavar os teus pecados de um só verão.
19. E tu, autoridade maior, que ocupas o trono que me pertence e por meu consentimento nele estás, ouve a minha ordem: reserva para o anjo da morte os mais espaçosos aposentos de teu palácio, porque ali, entre algas, ele habitará. Ai de vós que ridicularizais a principes e não discernis o homem pecador da autoridade constituída;
20.
E nos postos os caranguejos comerão cabeças de homens prostitutos fritas na casca;
e tuas festas anuais de orgias incontidas, de intensões ocultas, tocarão em
carros de sons estridentes para fantasmas de mulheres silenciosas e verdes,
cujos nomes passaram muitos anos nas colunas dos cronistas, blogs e pasquins de
ocasião, no tempo em que havia colunas e havia cronistas sérias neste lugar.
21.
Pois grande foi a tua vaidade, ó Maranhão, e fundas foram as tuas mazelas; já
se incendiou o comércio, e não viste o sinal, e já mandei tragar o teu tesouro
e ainda não vês o sinal, teus filhos morrem a cada ano, ó Jezabel dormente e
não credes. Enferma sobre a cama estás e não percebes o teu castigo. Pois o
fogo e a água te consumirão.
22.
A rapina de teus mercadores e a libação de teus perdidos; a ostentação da etéreas
d e tuas praças, em cujos diamantes se coagularam nas lágrimas de mil meninas
miseráveis com moços zumbinados por
drogas insanas — tudo passará.
23.
Assim, qual escuro alfanje, a nadadeira das imensas pescadas passará ao lado de
tuas antenas de televisão; porém muitos peixes morrerão por se banharem no
uísque falsificado de teus bares e nas rodas de falsas alegrias e de amizades
inconfiáveis de tuas intrigas incessantes.
24.
Pinta-te qual mulher pública e coloca todas as tuas joias, e aviva o verniz de
tuas unhas e canta a tua última canção pecaminosa, pois em verdade é tarde para
a prece; e que estremeça o teu corpo fino e cheio de máculas, desde tuas motos
encomendadas até a sede dos teus banhos promíscuos à entrada de tuas cidades,
porque eis que sobre eles vai a minha fúria, e os destruirá. Canta a tua última
canção, ó Maranhão!
25.
Pois, hoje, levanto dentro de ti, ó Maranhão, homens meus que nesse tempo tem
uma chamada especifica, homens apostólicos, cívicos, sem títulos, mas
visionários; homens que reservei como armas secretas... para um tempo de
decisão;
26. Homens que abrirão mãos de seus reinos, cedendo à minha vontade e visão e amando o desprovido, o carente, o oprimido, o cego, o sofrido e o esquecido;
27.
Gideões que convoco para oração e jejum num recolhimento santo, em unidade e
sem presunções ou megalomanias nessa terra de maranhas e embromações;
28.
Eu quero estabelecer um trono neste lugar e já ordenei, mas as orações de Acabe
contra a destruição do domínio de Jezabel, adiaram este proposito por meu zelo
pela minha palavra dada a Salomão; Acabe sofreu o produto de sua semente e não
mais me atrapalhará;
29.
Bem sei que satanás tem levado os crentes de ti, ó Maranhão, a uma Rede de
Manipulações e Intrigas; vestiu muitos desses crentes com o manto da sedução e
da mentira; assim tenho visto Jezabel se fortalecer, calando muitas vozes
proféticas que para ti direcionei, ó Maranhão;
30.
Estes ministros chegaram a ti cheios de unção e visão, mas foram marcados e
calados por tuas maldades, ó Maranhão, sendo acovardados e fugiram para
cavernas debaixo de intenso medo. Fecharam-se para alianças e estão isolados
com planos abortados e frustrados. Muitos estão cansados e sobrecarregados com
fardos ministeriais como se não o pudessem suportar. Estão esmagados pelo peso
e nem conseguem mais andar;
31.
Tú, ó Maranhão, os esmagas e os despede para que, quando te visitarem outrora,
os receba com, lisonjas de hipocrisia, dizendo: “Que Mal nós fizemos?”. Assim,
vos tornais duplamente culpado pela insensatez e continuas a viver de
aparências; diga aos teus ricos que lhes elimino os profetas a tiracolo ou
particulares e os desafio a beberem Vinho Veridiana e comprarem ouro puro de
mim;
32. Maranhão, escute-me agora: "O meu sopro vem sobre esse exército de ossos secos; levanto gideões neste lugar; chamo Josué para as conquistas; desfaço as separações em ti fertilizadas pela maledicência; paro o esquife de ministérios insepultos e os coloco em pé sobre seus túmulos para que andem; devolvo visão e força aos que estão presos na humilhação de tuas zombarias; desfaço o engano dos corações daqueles ministros que presumem que minha transformação será política; desfaço reinos particulares de ministros; revelo as práticas abomináveis desta terra de traição e separação; extirpo o orgulho espiritual. arranco a vulgaridade e a prostituição espiritual daqueles que saltam de igreja após igreja pela falta de confiança em meu nome; mexo hoje na vida daqueles que buscam falhas e julgam os meus pastores para terem ocasião de viverem seus pecados mais bizarros e suas prisões que alma que sempre contemplei; anulo a feitiçaria dos não crentes e a feitiçaria dos crentes que confia mais nas coisas do que em Mim; torno alguns pouco homens como primícias de um novo tempo".
33. Ó Maranhão, não sabes e nunca ouvistes que
não cesso de trabalhar! Arrepende-te de tua iniquidade! Eis que derramo uma
unção do meu Espirito sobre minha verdadeira Família nesse Estado, por que o
meu amor superou suas maldades e o Reino de meu Filho Jesus é sempiterno neste
lugar, na história e na eternidade. Pois, fica na minha Paz, ó Amado Maranhão.
Ivo Nogueira