1. A Incoerência da Teologia da Libertação e a Apropriação do Marxismo
A principal incoerência, segundo os críticos, reside na adoção de um "instrumental de análise" (o materialismo histórico-dialético de Karl Marx) que é, em sua essência, materialista e ateu.
Contradição Doutrinária: O Vaticano, por meio da Congregação para a Doutrina da Fé (então liderada pelo Cardeal Ratzinger, futuro Papa Bento XVI), emitiu as instruções "Libertatis Nuntius" (1984) e "Libertatis Conscientia" (1986). A primeira condenou os "desvios e perigos de desvio, prejudiciais à fé e à vida cristã" da TL que usavam conceitos marxistas, notadamente a luta de classes como motor da história e a violência revolucionária como meio. O documento apontava que substituir o "pobre" bíblico pelo "proletariado" marxista e a caridade pela militância política subvertia o Evangelho.
A Opção pela Luta: Críticos frequentemente citam as ligações de figuras da TL com movimentos armados ou grupos revolucionários na América Latina. Um exemplo notório é o do sacerdote nicaraguense Ernesto Cardenal, que se tornou ministro da Cultura no governo sandinista (FSLN) e foi suspenso a divinis por João Paulo II. Outros casos são as conexões com as guerrilhas em El Salvador e a Revolução Sandinista na Nicarágua, onde setores da TL atuaram diretamente na luta armada ou na estrutura de poder de regimes que, posteriormente, foram acusados de autoritarismo.
2. O Incentivo Marxista à Agressividade e Violência para a Obtenção do Poder
A crítica afirma que, historicamente, a aplicação do modelo marxista-socialista resultou em violência de Estado e repressão sistemática, contrariando qualquer ideal cristão de paz.
Exemplos Históricos de Repressão:
União Soviética (URSS): Estima-se que milhões de pessoas foram executadas ou morreram nos gulags (campos de trabalhos forçados) durante o regime stalinista, incluindo líderes religiosos e clérigos. O terror de Estado sob Lênin e Stálin é citado como a consequência direta da filosofia que prioriza a "ditadura do proletariado."
China (sob Mao Tsé-Tung): O Grande Salto Adiante (1958-1962), uma tentativa de industrialização forçada, levou a uma fome catastrófica que, segundo diversas estimativas históricas, causou a morte de dezenas de milhões de pessoas. O regime é frequentemente citado por sua perseguição religiosa e política.
Cuba: Após a revolução de 1959, a Igreja Católica e as demais religiões sofreram intensa perseguição, com a expulsão de padres, o fechamento de escolas e o confisco de propriedades eclesiásticas. A repressão de opositores políticos e a ausência de liberdades civis são constantes na crítica ao regime.
3. Fracassos Reais nos Indicadores Sociais e a Implantação de Ditaduras/Totalitarismo
O fracasso em prover bem-estar material, apesar da promessa socialista, é o ponto mais material da crítica.
Venezuela (Socialismo Bolivariano): O país é o exemplo contemporâneo mais frequentemente citado.
Indicadores Econômicos e Humanitários: Após anos de políticas socialistas sob Hugo Chávez e Nicolás Maduro, o país mergulhou em hiperinflação (chegando a 1.623.656% em 2018, segundo o FMI), desabastecimento crônico de alimentos e medicamentos.
Crise de Refugiados: A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reporta que mais de 7,7 milhões de venezuelanos fugiram do país (dados de 2023), uma das maiores crises de deslocamento da história moderna, superando as de zonas de guerra.
Repressão e Totalitarismo: O regime é acusado de prisões arbitrárias, tortura e violações de direitos humanos (relatórios da ONU e da OEA) e de desmantelar a democracia, eliminando a oposição e controlando as instituições.
Coreia do Norte: O exemplo extremo do totalitarismo comunista, onde a população sofre de desnutrição crônica (a altura média dos norte-coreanos é comprovadamente menor do que a dos sul-coreanos devido à má nutrição) e o regime é uma teocracia política baseada no culto à personalidade.
4. A Prática da Corrupção da Esquerda e a Exploração do Vitimismo
Críticos argumentam que a esquerda, apesar do discurso anticorrupção e de justiça social, esteve envolvida em grandes escândalos, utilizando o vitimismo para desqualificar a oposição (chamada de "elite opressora").
Corrupção na América Latina: Vários ex-presidentes e figuras de proa de partidos de esquerda na região foram condenados ou investigados por corrupção:
Brasil (Operação Lava Jato): Revelou um esquema massivo de desvio de dinheiro em estatais (notadamente a Petrobras), envolvendo altos membros de governos de esquerda, com condenações e prisões por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Argentina: A ex-presidente Cristina Kirchner e seu entorno foram alvo de múltiplas investigações por corrupção, enriquecimento ilícito e desvio de fundos públicos.
Peru: Vários ex-presidentes (como Ollanta Humala e Alejandro Toledo, este último condenado por ligação com a Odebrecht) foram investigados por crimes de corrupção, incluindo governos associados à esquerda.
5. Manipulação de Informações e Doutrinação Marxista na Educação
Este ponto foca no controle da narrativa social e histórica para manter a base ideológica.
Doutrinação na Educação: O principal alvo de críticas é o pedagogo brasileiro Paulo Freire e sua "Pedagogia do Oprimido". Opositores alegam que seu método não é apenas educacional, mas uma ferramenta de conscientização política baseada na dicotomia marxista opressor-oprimido, que ensina o aluno a ver o mundo através de lentes de conflito social e desqualifica o conhecimento tradicional como "educação bancária." A crítica vê isso como um método de "doutrinação marxista" que substitui o ensino técnico e neutro por ideologia.
Manipulação de Dados: Regimes totalitários socialistas são historicamente notórios por falsificar estatísticas econômicas e sociais para mostrar o "sucesso do socialismo," enquanto a realidade era de miséria, como o que ocorreu na URSS e que se mantém até hoje na Venezuela, com a supressão de dados de inflação e saúde pública.
O debate em torno da Teologia da Libertação (TL) e do pensamento progressista no meio cristão ganha uma dimensão crucial quando contrastado com a Bíblia, a fonte de autoridade para o Protestantismo e o Catolicismo tradicional. Críticos utilizam versículos específicos para evidenciar as alegadas contradições, particularmente no que se refere ao uso da violência, à relação com o poder político, e aos princípios éticos.
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1. Incoerência da TL e o Incentivo à Agressividade/Violência
A crítica à incorporação da luta de classes marxista e ao incentivo à agressividade ou violência para a tomada de poder é confrontada por passagens que enfatizam a paz, a submissão e o amor, mesmo em face da opressão.
2. A Corrupção Prática e a Perseguição a Opositores
Os atos de corrupção, a manipulação de dados sociais e a perseguição política, frequentemente atribuídos a regimes e líderes influenciados pela esquerda (como nos exemplos da Venezuela, Cuba e casos de corrupção na América Latina), são vistos como uma violação da ética bíblica fundamental.
3. A Teologia Liberal e a Contradição Doutrinária
A Teologia Liberal, que frequentemente acompanha o pensamento progressista, é criticada por minar a autoridade das Escrituras e por questionar ou relativizar as doutrinas históricas da fé cristã (como a inerrância bíblica, milagres ou a necessidade de arrependimento).
Assim sendo, os críticos concluem que a tragédia humanitária, do progressismo cristão e econômica em países que aplicaram o socialismo/marxismo (da URSS à Venezuela), juntamente com os escândalos de corrupção e a perseguição à liberdade, são as provas concretas de que a Teologia da Libertação e o progressismo, ao se aliarem a essas ideologias, causam conflitos, fracassos reais e insegurança dentro e fora do ambiente cristão. Vemos uma linha de continuidade entre a teoria ideológica (marxista/socialista) e os seus resultados práticos em governos de esquerda e em regimes totalitários: um padrão de violência, fracasso econômico, corrupção e autoritarismo, tudo isso em flagrante contradição com os valores da pregação evangélica histórica e bíblica.
Haja Coração!
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