“O maior
inimigo da verdade é frequentemente não a mentira - deliberada, planejada,
desonesta, mas sim o mito - persistente, entranhado e irreal.” (John F. Kennedy)
A brutal morte de Marielle
Franco, vereadora pelo Rio de Janeiro, é fundo do poço do Rio de Janeiro.
A jovem sonhadora e
determinada decidiu construir sua vida pelo caminho mais difícil para qualquer
um. Enfrentar o Sistema. Na verdade, Sistemas.
Com raízes que lhe justificavam
a garra, trilhou uma caminhada pautada em tudo aquilo que contrariava o modelo e
modos de uma sociedade “conservadora”. Lutou por “direitos humanos” por sentir,
na pele, como esses postulados são desprezados em diversos momentos. Contudo,
pelos mesmos “direitos” outros se oportunizam para se ocultarem e ocultarem
seus delitos diários e ostensivos em comunidades.
O canal político que a
fez entender ser o melhor para esse combate é o mesmo que já foi bastante
referencial, mas vem, ultimamente, ao extremo, manchado pela mesma lama que suja
as mãos de seus adversários. A Corrupção.
Uma escritor inglês uma
vez afirmou que: “Para se defender de seus predadores, a caça assimila os hábitos
do outro e depois descobre que incorporou em si os costumes de seu oposto.”
Numa linguagem de
provável modernidade, Marielle Franco era uma mulher de seu tempo para o Brasil
de hoje. Isso independente de variantes comportamentais.
Uma perda lamentável e
desnecessária como tantas outras anônimas por este país a fora.
Seguramente, ao final de
investigações, descobrir-se-á que ela foi vítima de um dos tentáculos de um
sistema, paralelo ou não, que faz as mesmas perversidades que seus adversários.
Triste. Muito triste.
Muitas vezes essa perda
para o Brasil não vem a ser a de melhor referência, mas seguramente traz um
apelo sem igual. Forja o vislumbre de uma nova caminhada para o Rio de Janeiro
e o Brasil. Assim seja!
Muita gente sofreu e
morreu pela mesma causa que morreram Gandhi, Martin Luther King, Malcon X,
Chico Mendes, Zilda Arns e outros. Porém, suas mortes foram capazes de
despertar toda atenção da sociedade e o mundo porque neles todos morreram um
pouco e suas causas ganharam significado.
Imagina-se que exista
um único sistema a se enfrentar e se descobre que há uma rede de sistemas que
se refaz e se adequa para sobreviver e crescer.
O difícil é admitir que
despois de todo o sonho da implantação de uma nova utopia social, o sistema
prevalecerá com a nova roupa e hábitos incorporados pela dialética circunstancial.
A “Matrix” se reinventa
sempre e sempre. Os Jogos são Vorazes. Não tem Liga de Justiça. Precisamos dar
as mãos e nos reinventarmos.
O mal conceituado para
uns não é o mesmo que outros enxergam. O ideal de bem não se coaduna com o
mesmo padrão em lados opostos.
A coexistência enseja
que, quer seja por parâmetros científicos sociais, históricos políticos,
econômicos ou religiosos, o mal sempre persiste fazendo suas vítimas ou
controlando seus alienados.
Mahatma Gandhi já tinha
dito: “Olho por olho e o mundo acabará cego. ”
Contudo, há um terceiro
agente não visto e nem crido.
As sociedades que se
desenvolveram e as que não avançaram (conservadoras ou progressistas) não
conseguiram eliminar os seus três grandes gigantes:
1. Continuam
existindo pessoas más;
2. Continuam
existindo pessoas que sofrem; e
3. Continuamos
a ter medo da morte.
Certamente, Jesus tem razão
ao ter dito aos seus contemporâneos e a nós que: O INIMIGO É OUTRO.
E a Bíblia diz:
"...a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais."
(Efésios 6:11-12)
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