A ESPERA DE UM MILAGRE

É espantoso como o ciúme, que passa o tempo a fazer pequenas suposições em falso, tem pouca imaginação quando se trata de descobrir a verdade. Marcel Proust

À espera de um Milagre é a adaptação para o cinema do romance Best-seller sobre a história de um guarda de prisão que desenvolve um relacionamento incomum e comovente com um preso que possui um dom e ao mesmo tempo é mágico misterioso e miraculoso.

Ambientado em 1935, no corredor da morte de uma prisão da Louisiana, conta a história da relação entre Paul Edgecomb, o chefe de guarda da prisão, e um de seus prisioneiros, John Coffey.

Coffey é um homem negro de grandes proporções, condenado à morte pelo assassinato de duas garotas brancas. Aos poucos, desenvolve-se entre Edgecombe e Coffey uma relação incomum, baseada na descoberta de que o prisioneiro possui um dom mágico que é, ao mesmo tempo, misterioso e milagroso. O guarda se debate em um conflito moral entre o cumprimento do dever e a consciência de que o prisioneiro que deverá morrer pelas suas mãos pode não ser o culpado de um crime tão brutal.

Amaneira que são mortos é na cadeira elétrica onde o chefe fica inconformado de ter que realizar esse processo sabendo que ele é inocente, mas não evita. Um filme muito emocionante levando a qualquer telespectador a vir se emocionar com sua belíssima historia, tendo duração de aproximadamente três horas, horas muitas valiosas e que no final você não se arrepende pelo ao contrario se surpreende pela linda e comovente história.

A história é contada em flashback por Edgecombe, durante sua velhice em um asilo. Além da relação com Coffey, Edgecomb relata as histórias de outros guardas e condenados.

Minha vida tem sido muitas vezes marcada por esse filme e seus ingredientes. Não sei quantas vezes fui acusado de coisas que jamais fiz. Nem sei quantas formas foram utilizadas por pessoas ditas amigas que fizeram maldades inconcebíveis com meu nome. Mesmo fazendo o bem e ajudando, dentro e além de minhas forças, não posso imaginar o quanto de incompreensão e julgamentos fui submetido por pessoas nocivas e a quem devotei amizade incondicional e lealdade quase canina. O salmista afirmava: Até o meu melhor amigo, em quem eu confiava e que partilhava do meu pão, voltou-se contra mim. Salmo 41:9

Pessoas sem motivos ou razões apoderaram-se de falsos documentos, cópias mal feitas e relatórios sem sustentações, e fizeram acusações que provocaram investigações sérias e severas, cometendo perjúrio e danificando imagens gratuitamente, apenas pela cede de vingança e ódio pessoal ou preconceito racial. Auditores vieram a me perguntar em frente de outras pessoas, se eu desejava puni-las, mas preferi que Deus cuidasse delas, pois nEle há misericórdia. Um provérbio inglês diz: Não há pior inimigo que um falso amigo.

A maioria dessas dificuldades passei com amigos e irmãos. Meus inimigos sempre me respeitaram e souberam, tanto manter a distancia, quanto somente falarem do que realmente tinham certeza. Meus irmãos não. Eu sei que o falso amigo é como a sombra que nos segue enquanto dura o sol.

Isso me ajudou a extrair do fundo de meu coração a força para viver com maior intensidade o genuíno amor. Perdoar...perdoar... perdoar. Eu dizia como Jó: Misericórdia, meus amigos! Misericórdia! Pois a mão de Deus me feriu. Jó 19:21

Como disse certa feita um escritor: “De vez em quando precisamos sacudir a árvore das amizades para caírem as podres.”  Mario Silva Brito

Amar, perdoar e compreender foi uma ginástica das mais difíceis que meu caráter teve que praticar. Quantas vezes eu me senti só, olhando em volta e não tendo com quem partilhar em meio a um deserto. Deus sempre mandou anjos para me consolar e me alimentar. Ah... como gostaria que ele ficassem comigo para reconstruções e restaurações. Mas eles tinham mais pessoas a ajudar por mandamento.

Hoje sei que, de todas as funções, a mais espinhosa é a de pastor, porém, a de maior recompensa é, igualmente, a mesma vocação.

E a Bíblia diz:

O meu intercessor é meu amigo, quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos; Jó 16:20