Nós só
podemos glorificar a Deus quando encontramos Nele a real e completa satisfação. John Piper
Muitos
de nós compreendemos a fé cristã de uma maneira intelectual, mas a realidade é
que via de regra existe uma distância muito grande entre a cabeça e o coração.
Intelectualmente sabemos que Deus nos ama e que nos prometeu sua proteção e
cuidado com respeito à nossa vida. Temos conhecimento e certeza de que somos
seus filhos adotivos. São no entanto freqüentes as ocasiões em que vivemos na prática
como verdadeiros órfãos espirituais - como se tudo dependesse de nós e do nosso
esforço pessoal. Lançamos a culpa nas pessoas em nossa volta, quando alcançamos insucessos conjugais, ministeriais, profissionais, relacionais ou amorosos. Assim, reclamamos a falta de companheiros, amigos, parceiros e amores. Tudo para esconder nossas carencias mais profundas e nossas debilidades de alma e a revolta contida nesses processos. As vezes, arrastamos pessoas para o mesmo poço em que nos encontramos, vitimizando-nos perante elas com o único propósito de diminuir nossa dor e formar aliados adoecidos pela rebelião disfarçada em justiça e injustiças sofridas. Não assumimos nossa originalidade, nem somos honestos com os fatos propositalmente.
Nosso
estado de orfandade se revela em muitas facetas: na constante necessidade de
nos justificar a nós mesmos, sempre que nos defrontamos com nossas próprias
faltas; também na intensa busca de aprovação por parte das outras pessoas; e
mais: no trazer a nós mesmos aquilo que chamo de “dupla tribulação” – ou seja,
não apenas sofremos pela dor de uma determinada tribulação, como pelo fato de
evidenciarmos na prática um estilo de vida que parece revelar que fomos
completamente abandonados pelo Pai. Como conseqüência passamos a reagir sob o
estigma da autopiedade. Então nos deprimimos emocionalmente, deixando-nos
invadir por um sentimento de real e completo abandono. Ficamos impotentes e paralizados, sem poder de reação, sem esperança e sem iniciativa.
Quero
encorajá-lo no dia de hoje a sair desse lugar nocivo e poderosamente
destrutivo. Deus é Pai por excelência, assim nos revela o Novo Testamento. E
esse amoroso Pai deseja uma conexão real e significativa com seus filhos. Não
importa quão grande seja a sua dor. O fato é que não existe absolutamente nada
que possa separá-lo do amor do Pai. A magnífica realidade é que somente quando
temos o coração nEle satisfeito é que conseguimos experimentar a alegria de
compartilhar as maravilhas da bondade, do amor e da graça de Deus.
E porque
vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que
clama: Aba, Pai! De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho,
também herdeiro por Deus. Gálatas, 4:6,7
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