O que aconteceria se Jesus fosse candidato ao pastorado em
alguns de nossos Concílios?
Ao Concílio de Jerusalém em sua CCXXXIII Reunião Ordinária
Considerando que o mesmo não estudou no Seminário Teológico
da nossa amada denominação (não que tenhamos nada contra outros Seminários,
quer de outras denominações ou interdenominacionais. O problema é que não
aceitamos estas Instituições, pois julgamos a nossa melhor);
Considerando que o candidato não passou pelo tempo de
experiência que a denominação determina para quem quer desempenhar o Sagrado
Ministério;
Considerando que o candidato vem de uma igreja pequena, que
não tem condições da mantê-lo por conta própria no Seminário e o relator da
Comissão é de opinião que o candidato deva custear seus próprios estudos;
Considerando que o candidato não se enquadra muito na
liturgia da denominação, introduzindo na mesma práticas estranhas, como por
exemplo, cura com saliva e ressurreição de mortos, além de ser considerado o responsável
pelo embebedamento de muitas pessoas em um casamento em Caná da Galiléia;
Considerando que o candidato Ter poder para libertar pessoas
possessas de espíritos malignos, sendo acusado de levar os porqueiros de uma
certa região à falência, dizendo Ter passado para os porcos os
"demônios" que estavam em um louco (a visão do nosso Concílio é que
não existe possessão demoníaca e que os casos tratados como tal não passam de
doenças psicosomáticas);
Considerando que o candidato é muito duro em Suas palavras
(dizem até mesmo que ofende verbalmente os líderes da denominação, chamando-os
de raça de víboras);
Considerando que o candidato anda na companhia de pessoas de
péssima reputação moral, como prostitutas, cobradores de impostos e outros
pecadores (lembre-se do ditado popular: "diga-me com quem anda e lhe direi
quem você é");
Considerando que o candidato diz ter comunhão direta com o
Senhor, chamando-O inclusive de Pai (num sinal de extremo desrespeito ao Senhor
Todo Poderoso) e diz receber revelação da parte do próprio Senhor;
Considerando que o candidato não é nada humilde, pois aceita
ser chamado pelos Seus seguidores de Mestre, sem que tenha concluído Seus
estudos regulares no Seminário Teológico da denominação;
Considerando que a família do candidato é um tanto
"estranha" (dizem que o mesmo não se parece em nada com o pai, além
de ser desacreditado pelos próprios irmãos);
O Concílio decide não receber o candidato e recomendar:
Que o mesmo seja recebido como aspirante em sua Igreja pelo
período mínimo de 2 anos, a fim de mostrar se é ou não vocacionado e se é ou
não submisso às ordens do Concílio;
Que, enquanto aspirante, levante o sustento dos Seus
estudos, pois, se quisesse cursar a faculdade de medicina ou qualquer outra,
com certeza teria de pagar seus estudos pessoais;
Que, enquanto estiver como aspirante, seja acompanhado pelo
Seu pastor, a fim de que o mesmo possa refletir melhor sobre Suas práticas
litúrgicas e Suas companhias;
Que, após o tempo de aspirante se apresente novamente ao
Presbitério para ser examinado, sem ter, todavia, garantia de ser encaminhado
ao Seminário, uma vez que as despesas atuais do Concílio são muito grandes.
Por fim, exige-se que o candidato esteja pronto a aceitar
qualquer tipo de trabalho que lhe for proposto pelo pastor, uma vez que
aspirante ao ministério e seminarista tem que sofrer mesmo.
Sala das Sessões,
09 de Dezembro de 0029
Comissão de Exame de Candidatos:
Sumo Sacerdote Anás
Sumo Sacerdote Caifás
Habi Shammai
Habi Hileu
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