A DOUTRINA ANTICRISTÃ DA PERDA DA SALVAÇÃO
I João 2.18-22
Em meados do século XVIII, surgiu uma
nova forma levemente modificada do pelagianismo. Em tempo foi chamado de
arminianismo. As principais doutrinas do arminianismo afirmam que:
1. A eleição (e condenação no dia do
julgamento) é condicionada pela fé racional ou não-fé do homem;
2. A expiação, embora
qualitativamente suficiente a todos os homens, só é eficaz ao homem de fé;
3. Sem o auxílio do Espírito Santo,
nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus;
4. A graça não é irresistível; e os
crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão livres da
possibilidade de cair da graça .
Poderíamos discorrer sobremaneira
acerca de cada ponto desta doutrina, mas quero enfatizar somente a última, o
cair da graça ou a doutrina que afirma que o verdadeiro cristão pode perder a
salvação. É difícil imaginar qualquer igreja pregando que a morte de Cristo não
é suficiente para salvar e guardar eternamente todos aqueles que confiam em Sua
redenção, porém, tal doutrina é constituída como base de muitas igrejas
evangélicas ou não evangélicas.
Entre as igrejas que creem na perda
da salvação e não são consideradas Evangélicas, destacamos: a igreja Católica,
a Luterana , os Adventistas , a fé Muçulmana , A Igreja de Cristo – aquela
fundada por Alexandre Campbell.
Essa doutrina que mistura as obras
dos homens com a manutenção da salvação está até mesmo entre as igrejas que são
consideradas Evangélicas, como anteriormente mencionado. Os maiores grupos de
denominações que creem nessa doutrina são os Pentecostais . Alguns destes são
as Igrejas Apostólicas , A Igreja dos Nazarenos , A Igreja Assembleia de Deus ,
O Evangelical Outreach , A Igreja de Cristo Internacional , Congregação Cristã
do Brasil.
Todavia, nem todas as instituições
Pentecostais seguem essa heresia. Entre os Pentecostais que não creem na perda
da salvação, encontramos: A Igreja da Vida Nova , A Igreja de Deus – O Caminho
Antigo , Igreja Evangélica Cristo Vive , O Ministério Bereia Angola, A Igreja
de Cristo no Brasil, e talvez umas poucas outras.
Podemos notar que entre as Igrejas
não Pentecostais, além dos Batistas, os Presbiterianos, Igreja Evangélica
Congregacional e a Igreja Evangélica Reformada , não creem na perda da
salvação.
Os Metodistas creem, ao menos hoje,
como o fundador João Wesley. Wesley, a quem um colega pastor denomina “O Pai de
O Pentecostalismo”, aceitou completamente a visão arminiana de que cristãos
genuínos podem apostatar e perder sua salvação. Seu famoso sermão "A Call
to Backsliders", “Uma Chamada aos Rebeldes” demonstra claramente isso.
Resumindo o sermão de Wesley, destacamos: "o ato de cometer pecado não é o
fundamento para a perda da salvação… a perda da salvação está mais relacionada
às experiências que são profundas e prolongadas. Wesley via dois caminhos
principais que para ele resultaria em uma definitiva queda da graça: pecado não
confessado e a atitude de apostasia." E discorda de Armínio ao sustentar
que tal apostasia não é final. Quando menciona aqueles que naufragaram na fé (I
Tim 1.19), Wesley argumenta que são "não apenas um, ou cem, mas, estou
convencido, milhares … incontáveis são os exemplos … daqueles que estavam na
fé, mas agora estão caídos” Uma queda na fé, é final. O apostato pode
arrepender-se, entrar na graça novamente, cair e entrar, cair e entrar...
Mas, graças à graça de Deus, a
salvação é eterna e é do salvo pela graça de Deus (Ef. 2.4-10) desde antes do
começo do mundo (Ef. 1.3-8) até o Dia de Jesus Cristo (Fp. 1.6). A graça é
conforme “o beneplácito da Sua boa vontade” (Ef. 1.5). Deus designou que essa
salvação fosse para “louvor da glória da Sua graça” (Ef. 1.6, 12, “com o fim de
sermos para louvor da Sua glória...”). A graça não diminui a responsabilidade
do homem pecador para com o Evangelho.
A responsabilidade do homem nesta
salvação é patente e evidente: Fé, At. 16.31, “crê no Senhor Jesus Cristo”; e
arrependimento At. 17.30. Se o homem pecador não se arrepender e crer no
Salvador, nunca será salvo - Jo. 3.16-18, 36, “Aquele que crê no Filho tem a
vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus
sobre ele permanece.” Portanto, coexistem a graça de Deus na salvação e a
responsabilidade do homem.
Se você ainda não é um salvo, saiba
que o conhecimento ou crença numa doutrina não é o suficiente para lhe garantir
a salvação. A eleição e a predestinação não é a salvação! A salvação é por uma
Pessoa. Jesus Cristo é Quem trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo Evangelho
– II Tm. 1.10. A Sua Obra na cruz feita no lugar do pecador que, outrora se
arrepende e crê pela fé nEle, satisfaz o Justo Juiz – Is. 53.10-11; At. 17.31.
Se não conhece a salvação da sua alma somente e apenas por Jesus Cristo, corra
a Jesus nosso Salvador para ter o perdão diante de Deus. É tempo de conhecer a
salvação da sua alma! Corra já pela fé nessa maravilhosa obra Única por Jesus
Cristo e será salvo.
Observe atentamente: Há os que
ensinam que o cristão pode perder a salvação, mesmo sendo lavado pelo sangue de
Jesus (Ap. 1.5), selado pelo Espírito Santo (Ef. 1.13-14) e seguro na mão de
Cristo e de Seu Pai (Jo. 10.28-29). Essa doutrina é anticristã, pois é contra o
Messias!
A doutrina da Perda da salvação é
Anticristã porque Divide a Inciativa da salvação entre Deus e o homem.
A doutrina arminiana enfatiza que o
homem pecador, “sem uma influência externa” pode ser salvo. A Bíblia, porém
ensina que o homem é “morto” em ofensas e pecados (Ef. 2.1-3), e inimigo de
Deus (Rm. 8.5-8). A regeneração é descrita como sendo uma ressurreição (Rm.
6.3-4; Cl. 12-13; Ef. 2.5-6; Gl. 2.20). O pecador morto em pecados precisa
demasiadamente de toda a ‘influência externa’ possível. Ele precisa de algo
fora da sua pessoa. O pecador precisa de vida espiritual. Se ele não pode ver e
nem entrar no Reino de Deus se não nascer de novo. Portanto, a iniciativa é
Daquele que não é morto. A iniciativa da salvação é Daquele que é Vida, e tem a
Vida. Jesus Cristo é a Vida (Jo. 14.6). O homem está morto. A iniciativa então
é de Deus. Se a iniciativa fosse do homem ou ainda em conjunto com o Salvador,
o homem teria como gloriar-se nisso (Ef. 2.9). Quando ao homem é compartilhada
qualquer glória, Cristo não recebe toda a glória que Lhe é devida. Portanto,
essa doutrina é anticristã.
A doutrina da Perda da salvação é
Anticristã porque Divide o Poder da salvação entre Deus e o homem.
Jonas 2.9 diz “do SENHOR vem a
salvação” A salvação é uma regeneração espiritual– Jo. 3.3-5. O que é do
Espírito Santo não vem da carne onde não habita bem algum (Jo. 3.6; Rm. 7.17-18).
Porém, a carne é a única coisa que o pecador tem. Os que creem que o cristão
pode perder a salvação creem que, pela graça comum todo homem é levado a ter
capacidade de se salvar “sem uma influência externa”. Destarte, essa doutrina é
anticristã, pois inclui o homem na obra que apenas pertence a Deus por Jesus
Cristo. Cristo é menosprezado. Cristo não é tido como o Único Senhor e Salvador
Todo-Suficiente. Aquele que engrandece o homem em qualquer medida minimiza Deus
na mesma proporção.
A doutrina da Perda da salvação é
Anticristã porque Divide a Glória da salvação entre Deus e o homem.
Isaías diz, Is 48:11 Por amor de mim,
por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? “E a minha
glória não a darei a outrem”. Os remidos no céu dão as glórias devidas a Deus,
por ELE fazer toda a obra! (Ap. 4.11; 5.12). Até os não remidos reconhecem
isso. (Nabucodonosor, Dn. 4.34-35).
Quem tiver a iniciativa e o poder,
terá também a glória. Mt. 6.13, “E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do
mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Quem tem
o reino e o poder, também é devida a glória. Observe Quem foi visto com a
glória: Jo. 1.14, “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.
Se o homem tiver uma parte qualquer
na sua salvação, ele tem algo para se gloriar – Ef. 2.9; Rm. 11.6. Diante
disso, menos glória é dada a Cristo e, por conseguinte, contra o desejo do Pai
– Fp. 2.8-10. Sendo contra Cristo, é anticristã.
A doutrina da Perda da salvação é
Anticristã porque faz de Cristo e a obra feita por Ele na cruz uma piada
Deus Pai tem um eterno plano para
salvar o Seu povo do pecado, da corrupção e das misérias do inferno (II Ts.
2.13; II Tm. 1.9). Para efetuar este plano Ele deu um corpo ao Seu Filho. Este
Unigênito do Pai submeteu-se ao sacrifício definitivo para todos aqueles que o
Pai Lhe entregou (Hb. 10.4-14; Jo. 6.37-40; 10.29;17.6, 9-11, 24; Fp. 1.29). O
Espírito Santo concordou em testificar do Filho pela Palavra de Deus, e de
convencer os pecadores da Verdade (Jo. 14.26; 15.26; 16.8-13).
A cruz de Cristo foi o lugar que o
gracioso plano do Deus eterno foi consumado, de uma vez para sempre (Hb.
10.9-18). Tudo isso seria uma piada sem graça se, qualquer um daqueles que
foram incluídos no decreto eterno do Pai, na submissão do Filho ser o
Substituto idôneo pelos pecados destes, e no objetivo da obra do Espírito Santo
testificar de Cristo eficazmente, repito, seria uma piada se um destes perdesse
tal grande salvação.
Se um único destes pecadores
contemplados a experimentar pessoalmente da obra consumada de Cristo na cruz,
caísse no pecado ao ponto de não poder desfrutar do eterno e glorioso fim que
Deus em graça planejava pelo sacrifício de Seu Filho Jesus Cristo, o próprio
Jesus Cristo seria falho. Se qualquer doutrina ensina que Cristo é falho, é
doutrina anticristã!
Cristo teve propósitos eternos quando
foi na cruz (Hb. 12.1-3):
1. Cristo padeceu na cruz uma vez
pelos pecados. O propósito desta morte era para levar-nos a Deus – I Pe. 3.18,
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos,
para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo
Espírito”.
2. Cristo desejava que os quais por
quem Ele morreu vivessem para Ele – II Co. 5.15, “E ele morreu por todos, para
que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e
ressuscitou”.
3. Cristo amou a igreja e deu o Seu
próprio sangue por ela nessa cruz. O propósito dEle era para resgatar ela com o
Seu próprio sangue – Ef. 5.25-26; At. 20.28, “Olhai, pois, por vós, e por todo
o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes
a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”.
4. Cristo se deu a si mesmo na cruz
para remir de toda iniquidade todos os que se arrependem dos seus pecados e
creem pela fé em Cristo – Tt. 2.14, “O qual se deu a Si mesmo por nós para nos
remir de toda a iniquidade, e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de
boas obras”.
5. Cristo é tido como o príncipe da
salvação (Hb. 2.10). Pela graça de Deus a Jesus foi dado um corpo, para que Ele
provasse a morte por todos e trouxesse muitos filhos à glória, os quais ele
chama irmãos – Hb. 2.9-11, “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele
Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da
morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. 10 Porque
convinha que Aquele, para Quem são todas as coisas, e mediante Quem tudo
existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o Príncipe
da salvação deles. 11 Porque, assim O que santifica, como os que são
santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar
irmãos,”
6. Pela única oferta de Cristo na
cruz, Ele aperfeiçoou para sempre os que são santificados – Hb. 10.14, “Porque
com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados”.
7. Deus deu o Seu Filho livremente na
cruz para todos nós. Isto prova que Ele vai nos dar todas as coisas prometidas
e compradas pelo Seu sangue – Rm. 8.32, “Aquele que nem mesmo a seu próprio
Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele
todas as coisas?”
8. Deus nos amou e nos lavou dos
nossos pecados no sangue derramado na cruz por Seu Filho Jesus. Este também nos
fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai – Ap. 1.5-6, “E da parte de Jesus
Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe
dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos
pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder
para todo o sempre. Amém ”.
Se um único Cristão verdadeiro caísse
no pecado e perdesse essa grande salvação feita na cruz por Jesus, a obra de
Cristo no madeiro seria falha. Cristo seria responsável, pois o pecador não tem
mais nenhuma condenação! Seria justo para Cristo ficar fora do céu. O salvo,
por quem Ele fez todas essas obras mencionadas e inúmeras outras, ficaria
livre. O salvo gozaria das bênçãos obtidas da salvação. O Salvador ficaria fora
por falhar em eliminar o castigo daquele pecado que estava impedindo aquele
cristão desobediente de ir ao céu. Espero que você esteja entendendo como essa
doutrina é ridícula e como ela é contra o Messias, portanto, anticristã.
A doutrina da perda da salvação é
anticristã. Ela desfaz o que Deus, o Pai, planejou na eternidade passada,
aquilo que o Filho submeteu-se a fazer, e fez para o agrado do Pai na cruz, e
aquilo que o Espírito Santo realizou e realiza para efetuar tal plano.
A doutrina da Perda da salvação é
Anticristã porque Nega Admitir a Pecaminosidade do Pecado
Os que creem na perda da salvação
negam admitir que o pecador é completamente sem capacidade de ajudar a si mesmo
a obter a salvação. Estes querem dizer que Deus opera com a graça comum para
com todos os homens. É verdade que Deus opera com a graça comum para com todos,
mas a graça comum sozinha não leva ninguém à salvação.
A graça comum é manifesta a todos
(Sl. 136:25; 145:9; At. 17:24-26) incluindo bênçãos ao estrangeiro, dando-lhe
pão e vestimenta (Dt. 10:17-19), à natureza, suprindo todas as suas necessidades
(Sl. 104:11-22; Lc. 12:6; Mt. 6:28-30). A graça comum estende tanto aos justos
e injustos, como aos bons e maus, juntamente dando-lhes sol, chuva e tudo para
viver bem (Dt. 29:5; Mt. 5:43-45; Lc. 6:35; 16:25). Essa graça comum é dada aos
homens em geral, proporcionando-lhes um governo civil, que é um instrumento de
Deus (Rm. 13:3,4; I Pe. 2:14). A graça comum faz parte das coisas minuciosas
(“até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”, Lc. 12:7) até as coisas
impossíveis de medir, a preservação do mundo e tudo que nele há (Neemias 9:6;
Cl. 1:16,17). Conjuntamente com estas bênçãos Deus também dá a mensagem de
salvação a muitos que nunca serão salvos (Mt. 13:19-22; At. 14:15-17; Rm. 2:4;
I Tm. 4:10). Essa graça comum pode ser resistida (Mt. 23:37) e é resistida por
todos que vão para o inferno. Que essa graça geral não é salvadora é entendida
pela observação de que, os maus continuam maus depois da manifestação de tal
graça, mesmo que tal graça e bênçãos sejam maravilhosas (Rm. 2:4).
Mas, não é somente isso que os que
creem na perda da salvação querem dizer pela graça comum. Um adicional é dado
por aqueles que creem nessa. Eles somam algo às Escrituras e isso não pode ser
permitido. Eles concluem que a graça comum de Deus traz todos os homens ao
mesmo nível de poderem ser salvos sozinhos. Ensinam que os pecadores têm uma
capacidade moral e natural para decidirem se podem ser salvos ou não, através
do seu livre arbítrio. Querem dizer que a vontade não foi afetada pela queda.
Disso já sabemos melhor.
Não aceitamos que o pecador possa ver
ou entrar no Reino de Deus, sem que antes haja primeiramente uma operação de
dEle. Jesus determinou que, se não nascer de novo não pode ver e nem entrar no
Reino de Deus – Jo. 3.3-5. Paulo afirmou que na carne não habita bem algum –
Rm. 7.18. Do coração do homem pecador procede tudo que o contamina e nada que
possa agradar a Deus – Jr. 17.9; Mt. 15.19; Rm. 8.8. João estabeleceu que os
nascidos de novo não nasceram do sangue, não da vontade da carne, nem da vontade
do homem, mas de Deus – Jo. 1.12-13. Paulo instruiu Tito afirmando que, quando
a salvação apareceu foi pela benignidade e amor de Deus para com os homens, e
não por obra alguma do homem. A salvação é obra somente da misericórdia de
Deus, pela lavagem da Sua Palavra que traz a regeneração, e pela obra do
Espírito Santo, renovando o pecador por Jesus Cristo, nosso Salvador – Tt.
3.4-6.
A doutrina que ensina que o pecador
pode se salvar pelos seus próprios esforços, por sua vontade, ou por outra
maneira, menospreza a morte de Cristo. O Seu sacrifício não foi completamente
necessário, pois o homem pecador não tinha tanta necessidade para ser salvo.
Ele não era tão morto nos pecados e ofensas. Essa doutrina despreza o dito de
Jesus a Nicodemos. Essa doutrina também menospreza o soberano valor sobre tudo
que o Pai deu a Jesus – Mt. 3.17; 17.5; II Pe. 1.17.
Esta doutrina da perda da salvação
leva o homem a exaltar-se. Quando o homem exalta a si mesmo, Cristo é roubado
da exaltação suprema que o Pai Lhe concedeu – Fp. 2.8-10; Ap. 4.11; 5.12.
Quando uma doutrina leva o homem a
pensar que os seus esforços ou vontade renderam em parte a salvação da sua
alma, ele enfraquece a sua própria “salvação.” Essa doutrina engana o homem a
não ter a salvação bíblica, qual é só por Jesus. Nisso é uma doutrina
anticristã.
A doutrina da Perda da salvação é
Anticristã porque Adiciona Obras do Homem à Obra de Cristo
Essas obras são salvaguardas para o
salvo se manter “salvo” para com Deus. Essas salvaguardas são as obras de
obediência do cristão. Essa doutrina confunde a manutenção da salvação por
Jesus Cristo com a obediência devida do cristão.
“Do SENHOR vem a salvação” – Jn. 2.9
A Apresentação do Cristão
Irrepreensível, com Alegria Perante a Sua Gloria é do SENHOR também!
Judas 1.24-25, “Ora, àquele que é
poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com
alegria, perante a sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória
e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”.
A manutenção da salvação é pelo Pai
– I Pe. 1.3-5, “Bendito seja o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos
gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre
os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode
murchar, guardada nos céus para vós, que mediante a fé estais guardados na
virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo”;
Fp. 1.6, “Tendo por certo isto mesmo,
que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus
Cristo”;
Jo. 10.29, “Meu Pai, que mas deu, é
maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.”
A manutenção da salvação é por Jesus
Cristo:
- Autor e Consumador da Fé – He.
12.2, “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe
estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra
do trono de Deus.”
- Intercede sempre para os Seus – Hb.
7.25; 9.24; Rm. 8.34.
- Guarda os seus de tropeçar – Jd.
1.24, 25 “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único
Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e
para todo o sempre. Amém”.
- Segura os seus na Sua mão – Jo.
10.28
- Guarda-nos até o dia perfeito – II
Tm. 1.12 (Hino 377)
A manutenção da salvação é pelo
Espírito Santo:
- Consola-nos – Jo. 14.16; Rm.
8.14-16
- Ajuda-nos nas nossas fraquezas –
Rm. 8.26
- Incentiva-nos à obediência da
Palavra de Deus – I Co. 12.13
As Obras do Cristão
Como é errado crer que qualquer parte
da salvação é pelas obras do homem (Rm. 11.6; Ef. 2.8-9; II Tm. 1.9) também é
tão errado crer que a salvação não produz obras alguma. (Ef. 2.10; Tg. 2.14-18,
26).
A salvação transforma o pecador
arrependido em uma nova criatura (II Co. 5.17); gera no interior do homem, ou
seja, no íntimo daquele pecador que, pela graça é trazido a crer pela fé em
Jesus Cristo como o Único Salvador, o prazer na Lei de Deus (Rm. 7.22);
incentiva aqueles chamados pela vocação santa a despedir-se do homem velho com
os seus feitos e vestir-se do novo homem (Cl. 3.8-11).
Se a salvação não transforma o
pecador, ela não é uma salvação que vale a pena, pois tal “crente falso” será
reprovado no último dia.
- Pv. 26.11, “Como o cão torna ao seu
vómito, assim o tolo repete a sua estultícia”.
- II Pe. 2.22, “Deste modo
sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu
próprio vómito, e a porca lavada ao espojadouro de lama”.
- Tt. 1.16, “Confessam que conhecem a
Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e
reprovados para toda a boa obra”.
- Hb. 6.8, “Mas a que produz espinhos
e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.”
Quais são Algumas Destas Obras que São
Produzidas pela Salvação?
- Não deixar a congregação – Hb.
10.25; Cl. 3.10-16
- Amar os irmãos – Jo. 13.34
- Apoiar a obra de Deus
financeiramente – Mt. 23.23 Ensina-nos que nenhum mandamento é sem importância.
Porém, o que pertence ao coração e à vida para com Deus deve receber a melhor e
a primeira atenção. A parte externa é menos importante do que a parte interna
da lei. Mas a parte externa é valida.
- Orar sem cessar – I Ts. 5.17; Ap.
8.3-4;
- Ser grato a Deus – I Ts. 5.18
- Ser cheio do Espírito Santo – I Ts.
5.19; Ef. 5.16-18
- Mortificar a carne – I Ts. 5.22
- Ocupar-se com a Palavra de Deus –
Jo. 17.17; II Tm. 3.16-17
- Confessar os pecados – I Jo. 1.8-9;
2.1-13
Conforme a doutrina anticristã, Jesus
não é o único Que guarda o salvo de tropeçar ou apresentar este salvo diante de
Deus – Ju 1.24. Este próprio, precisa fazer essa obra também. Pela falta de
depender somente em Jesus Cristo para a salvação e de não confiar apenas na
obra de Cristo para nos apresentar irrepreensíveis com alegria perante a Sua
glória, essa doutrina é anticristã. Portanto, não confunda um com o outro.
Questionamento aos que creem na
doutrina (anticristã) da perda da salvação:
1. Pelas Escrituras sabemos que a
salvação depende do amor eterno, e a graça e a misericórdia de Deus que é desde
a eternidade e até a eternidade – Sl. 103.17; Jr. 31.3; II Tm. 1.9. Se um
pecador, que pela fé entra nesse amor, graça e misericórdia eterna, acaba se
perdendo, é evidente que a salvação não depende do amor, da graça e
misericórdia de Deus. Então, do que depende?
2. A salvação depende da graça
redentora pela qual Deus compra para Si mesmo os Seus, pelo sangue precioso de
Cristo (Ap. 5:9). Esses são remidos de toda a iniquidade (TT. 2.14), da
maldição da lei (Gl. 3.12), e se estabelece na Rocha que é Cristo (Sl. 40.1-3).
Se um pecador comprado por Deus pelo sangue de Cristo venha a ser condenado,
não é evidente que a salvação não depende da redenção de Cristo?
3. A salvação depende da graça de
Deus, da Sua vivificação (Ef. 2.1), da Sua regeneração, ou seja, da graça
renovadora do Espírito Santo (Tt. 3.5). Se depois da graça de Deus, da
vivificação, da regeneração, ou da graça renovadora do Espírito Santo, ainda
haja a possibilidade do salvo ser banido da presença do Senhor no lago de fogo
(Ap. 21.11-15), não é uma afirmação de que graça é falha e insuficiente para
salvar o pecador?
4. A salvação depende da graça
justificadora (Rm. 3.24). Pode o pecador ser justificado de todas as coisas e
ainda ser condenado e ficar com os incrédulos pela eternidade (At. 13.39)? Se
assim for, não é evidente que a graça justificadora não pode salvar o pecador?
5. A salvação depende da graça
santificadora (I Co. 6.11). Pode um pecador ser santificado, lavado e
justificado no nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito Santo e ainda ser
perdido? Então, não é claro que a graça santificadora não salva?
6. A salvação depende da graça de
adoção (Ef. 1.4,5). Pode um pecador receber a adoção de filho, ser herdeiro de
Deus por Cristo (Gl. 4.5-7) e cair no pecado e perder o céu? Se assim for, não
é claro que a salvação não depende da graça de adoção?
7. A salvação depende do dom da graça
de Jesus Cristo (I Jo 4.10). A salvação depende da obra de Cristo! Depende em
Cristo para os pecados que Cristo levou sobre Si, os ofícios dEle sendo
profeta, sacerdote e rei, e na Sua obra trazendo o salvo à união da Sua igreja
(At. 20.28)! A salvação depende da obediência ativa e passiva na obra de Cristo
quando na terra (Fp. 2.8-10) e na Sua intercessão no céu (Hb. 7.25).
O pecador arrependido, pela graça
expressiva de Deus, confia em Cristo como o Alicerce, Rocha, Cidade Forte, A
Vitória (Rm. 7.24-25), Escudo (Sl. 18.2), e é trazido a esconder-se nEle como
numa cidade de refúgio, beber dEle como Água Viva (Jo. 4.10-14), comer dEle – o
Maná do Céu (Jo. 6.32), entrar por Ele - O Caminho e A Porta e fazer parte do
aprisco, e andar com Ele no caminho estreito.
Será que esse pecador pode conhecer
Cristo como O Irmão Mais Velho, sim, o Amigo mais perto de um irmão; ser unido
a Ele como Marido Amado e Cabeça Viva; ter a sua vida escondida com Cristo em
Deus, ter vida verdadeira, ser do corpo dEle, ser osso de Seus ossos e
participar da Sua carne e sangue; ter Cristo como a sua Justiça, Força, Porção
e o seu Tudo; ser abençoado com arrependimento para a vida e ter Cristo a
esperança da glória (1 Pe. 1.23; Gl. 5.22) – e depois de tudo, ser condenado.
Se tudo isso pode ser uma realidade e o pecador ser tão agraciado e ainda ser
perdido, poderia me informar do que a salvação depende?
Se não for Cristo a salvação, quem é
ou o que é a salvação?! Pode ser a Chance, a sinceridade, a linhagem, a
moralidade, ou a religião? Não! É somente Cristo.
Importante indagar: Cristo é a sua
única salvação? Cristo é a Única Salvação que Deus reconhece! Venha depender do
amor eterno de Deus manifesto em Seu Filho, Jesus Cristo! Creia na obra de
Cristo na cruz, onde derramou o Seu sangue e, pela qual Deus Pai compra de volta
o pecador arrependido e o dá vida eterna!
Implicações Perigosas da Doutrina da
Perda da Salvação
“O pecado que pode deixar o
verdadeiro cristão fora do céu é aquele que fará Jesus ir ao inferno,pois
os nossos pecados estão nEle”
Muitos cristãos gostam de classificar
as suas ideias e doutrinas e dividir tudo em compartimentos. A isto denominam
de compartimentagem. Funciona assim a bendita compartimentagem: O sujeito tem
várias doutrinas que ele defende e cada um está num lugar adequado na sua mente.
Dentro desse compartimento ele pode entrar, e, essa parte é fundamental,
fechando a porta ele pode admirar a sua doutrina e toda sua beleza. Quando
termina essa visita, ele abre a porta, fecha-a e entra num outro compartimento.
Aí, outra vez, ele admira e estuda a sua doutrina. Tudo continua bem, até um
belo dia quando não fecha uma das portas. Quando isso acontece, as ideias dos
vários compartimentos misturam-se. Acarretando a descoberta de que, as
doutrinas separadas, parecem boas, mas quando são levadas à luz de outras
doutrinas, as falhas de uma delas ou mais, têm defeitos ridículos. Creio que a
doutrina que admite a perda da salvação é assim. Quando as outras doutrinas
forçam ela ser consistente, ela se descobre ridícula.
Se qualquer Cristão verdadeiro acaba
indo ao inferno apesar da morte de Jesus Cristo no seu lugar:
- Cristo ficará no inferno no lugar
de tal Cristão, pois os pecados desse salvo
foram postos nEle pelo Pai – Is. 53.6, “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele
a iniquidade de nós todos.”; Rm. 4:25, “O qual por nossos pecados foi entregue,
e ressuscitou para nossa justificação.”; I Pe. 3.18, “Porque também Cristo
padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus;
mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;”. Os pecados
do cristão foram levados por Jesus Cristo. Por isso, se um desses pecados tem o
poder de fazer qualquer cristão ficar fora do céu, o Salvador é o responsável!
Portanto, Cristo, o Substituto, fica fora do céu e vai ao inferno pelo pecado
do cristão infiel.
- O Pai também ficará no inferno, pois mentiu. O trabalho da alma do Seu Filho
Jesus Cristo no lugar dos salvos, não O realmente satisfez. Um pecado pelo qual
a alma de Cristo trabalhou não satisfez O Pai como foi profetizado – Is.
53.10-11; II Pe. 3.9; Jo. 3.16
- O Espírito Santo ficará no inferno, pois Ele não guardou aquele que Ele selou, e
isto, apesar de ser o penhor daqueles que têm fé no Filho de Deus, Jesus Cristo
– Ef. 1.13-14; II Co. 1.22; 5.5. O Consolador não pode nos consolar, pois Ele
não é consolado - Rm. 8.11-17
Portanto, se um pecador resgatado, ou
um pecador remido pela obra de Jesus na cruz perder a salvação, haverá mudanças
radicais no céu.
Felizmente não há possibilidade
nenhuma de perder a salvação. O Pai agradou a Si mesmo com o sacrifício do
Filho. Por isso Ele O ressuscitou dos mortos – At. 17.30-31, “Mas Deus, não
tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em
todo o lugar, que se arrependam; 31 Porquanto tem determinado um dia em que com
justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos”.
Não são as obras de obediência que
salvam ou mantem o pecador remido por Jesus Cristo. Deus, o Pai se satisfez com
a obra do Filho na cruz. Deus Pai se satisfaz com as orações do Filho que a faz
em prol dos Seus – Jo. 17.20-21; Rm 8.34, “Quem é que condena? Pois é Cristo
quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita
de Deus, e também intercede por nós.”; Hb. 7.25, “Portanto, pode também salvar
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder
por eles”.
Deus Pai aceita a obra de Cristo a
guardar de tropeçar cada um dos Seus – Ju 1.24. Você se contenta com aquelas
obras de Cristo que satisfazem o Pai?
A sua fé está em Cristo Jesus? Que
grande amor o Pai nos tem dado, dando-nos o Teu Filho Bendito! Que grande
dívida temos para com o Pai, vivermos separado daquele pecado imundo que Ele
levou por nós na cruz.
Hb 12.4, “Ainda não resististes até
ao sangue, combatendo contra o pecado”.
“Filhinhos, é já a última hora; e,
como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito
anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não
eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se
manifestasse que não são todos de nós.” I Jo. 2.18-19
( Autor: Pr Calvin Gardner)
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