Noções preconcebidas são as fechaduras na porta da sabedoria. Merry Browne
Era uma vez, um pequeno país do Atlântico habitado por animais. Ele se notabilizava pela divisão em dois grandes desertos. Um era o Reino do Leste e o outro Reino do Oeste. Juntos ocupavam noventa porcento da extensão territorial do lugar. Haviam problemas comuns que assolavam a todos. Os habitantes do deserto do Leste vangloriavam-se muito pela região que possuíam. Por estarem próximo do litoral, podiam desfrutar, uma vez por ano, de alguma chuva e bons ventos. Eles tinham construído um belo açude de nome PRIMEIRA CRUZ. Porém, isto os fazia um pouco orgulhosos e arrogantes para questões simples. Já os habitantes do deserto do Oeste exaltavam a coragem própria e o espírito solidário que a todos impressionavam. Mesmo que muitas vezes estes fossem ingênuos e sem compostura. Contudo, estas regiões vizinhas tinham uma crença comum. Elas acreditavam que um dia haveria uma grande dilúvio que transformaria todo sertão num imenso oceano. O que seria o seu apocalipse. Assim, elas pregavam a “Arca”. Uma espécie de mensagem de desafio e libertação à sua própria geração. O alvo era encorajar os moradores do lugar, afim de que se preparassem para a volta do almirante “Noé”. A bem da verdade, quando os habitantes daquelas regiões se lançavam a divulgar a “Arca”, eles eram muito eficientes. Porém, tudo ficava nebuloso, quando se inclinavam para explicar a quem pertenceria o privilégio da enorme embarcação. Seus argumentos eram fortes e cheios de lógica, todavia despidos de misericórdia, justiça e da verdade central da “Arca”.
A disputa pelos primeiros lugares na embarcação era acirrada, indo ,às vezes, a vias de fato com inevitáveis agressões de ambas as partes. O amor ficava na esfera do idealismo. “Ah, seria tão bom se ...”
Certa vez, os espíritos estavam um pouco abrandados. O Sr. Gato, ex-Oeste, agora no Leste propôs uma reunião de alto nível para buscar um denominador comum. O que muito alegrou a maioria de ambos os lados. Afinal, a “Arca” era uma só.
Então foi marcado o Congresso dos Reinos “ Leste-Oeste” ou “Oeste-Leste” de Harmonização pela “Arca”.
A divisa escolhida foi: “Um irmão ajudado pelo irmão é como uma cidade fortificada; é forte como os ferrolhos dum castelo.” Pv.18:19

Retomando a discussão, o Sr. Pato , Reino Leste, que sempre finge participar de tudo, deu logo sua opinião: “Em meu ponto de vista, acho perigosa qualquer tentativa de se usar o açude como sinal de nossa reconciliação”. Assim, ele falou com seu costumeiro desinteresse pela solução.
Após muito debate, foram nomeados para fazerem um profundo e sério estudo dois grupos de trabalho. O Reino do Leste nomeou : O Sr. Ratinho que destrói tudo o que vê pela frente, mas sempre às escondidas; o Sr. Hiena que só dá valor para quem está no poder, rindo dos demais; e o Sr. Cobra que é muito astuto e perigoso. Sempre atento, espera o momento certo para lançar seu veneno sobre todos.

O Reino Oeste nomeou: A Sra. Borboleta que vive voando completamente despreocupada e alheia; o Sr. Coruja que presta atenção a tudo sem dar uma opinião se quer ;e o Sr. Formiga que é muito ativo, fazendo o que vem pela frente sem pensar e, às vezes, destruindo pelo excesso de labor;
Foi convidado para arbitrar o Sr. Urubu de um país distante. Ele, mesmo percebendo que a discussão estava longe do tema central, deixou que os dois Reinos brigassem entre si, pois, o seu desejo era que os dois grupos morressem.

E a Bíblia diz:
“Rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim ; para que todos sejam um... afim de que o mundo creia que Tu Me enviaste.” João 17:20,21
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